Hoje só consigo silenciar. 30 dias não foram suficientes. Não sei se 239 dias, meses ou anos conseguirão aplacar a dor da perda dos filhos de Santa Maria, dos nossos filhos. Espero que depois de 239 corações terem parado de bater as coisas mudem, que não haja mais nenhum domingo cinza ou sangrento no Rio Grande, e que pais e mães nunca mais tenham que visitar seus filhos no cemitério.
Nem Tudo é Sobre Utopia
"Se não nos deixares sonhar, não lhes deixaremos dormir."
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
A mística Ouro Preto de Marília de Dirceu
Quando eu soube que teria que ir novamente a Minas Gerais fiquei entusiasmada! Muitos planos e expectativas. E adivinhe? Todas confirmadas!
Exatamente às 11 horas cheguei ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves. Uai! Estou (de novo) em Minas Gerais. Depois de dois dias cumprindo compromissos e me deliciando com a gastronomia mineira em BH, rumo a Ouro Preto.
Queria ter conhecido a cidade - que tem o título de Patrimônio Cultural da Humanidade concedido pela UNESCO e foi QG da Inconfidência Mineira -, na primeira vez que fui a Minas Gerais, mas as chuvas torrenciais do início de 2012 não permitiram a ida até lá.
Fomos de carro eu e minha companheira de viagem Paula. No caminho, entre BH e Ouro Preto, paramos para um lanche no Jeca Tatu, em Itabirito, uma espécie de lanchonete com espaço cultural, recheada de quitutes tipicamente mineiros e decoração peculiar: música e literatura brasileira entre móveis antigos e galinhas (?). Degustamos o melhor pastel de angu do mundo, empadas de carne seca e suco de milho, o combustível perfeito par seguirmos viagem com energia.
Jeca Tatu: Lanchonete e Espaço Cultural em Itabirito, MG |
Ao chegar em Ouro Preto imediatamente me encantei com a arquitetura: igrejas do período barroco, criadas por artistas como Aleijadinho e Ataíde, em todos os pontos da cidade, desde o mais alto (que é muito alto!) ao mais baixo, entre íngremes e estreitas ladeiras (que mantém a calçamento original de pedras). As igrejas eram construídas para homenagear os santos católicos e no período da corrida do ouro representavam a riqueza das famílias. Havia uma espécie de competição: cada família queria construir a igreja maior, mais bonita, mais rica - a maioria delas é revestida com ouro. Já a cidade tem morros altos em razão das escavações que, quando ainda eram permitidas, deixaram-na totalmente irregular, o que não interfere na sua beleza.
Igreja Nossa Senhora do Pilar, Ouro Preto |
Depois de vasculhar os arredores da praça Tiradentes - onde a cabeça do mártir foi exposta em praça pública após o enforcamento -, fui procurar uma livraria para comprar livros sobre o mestre Aleijadinho e a Inconfidência Mineira. A primeira parada foi no Café e Livraria Ouro Preto, onde chamou-me a atenção o livro: Marília de Dirceu - A musa, a Inconfidência e a vida privada em Ouro Preto no século XVIII (Staël Gontijo, editora Gutemberg). Imediatamente pergunto: como assim? Marília de Dirceu existiu? Não era só o nome da musa do poeta Thomaz Antonio Gonzaga que originou aquele livro que tive que ler para o vestibular lá no "segundo grau"? "Sim, Marília de Dirceu existiu e morava ali", esclareceu-me a vendedora apontando algumas casas adiante. Imediatamente tomei o livro e trouxe comigo ao sul. Foi a lembrança mais doce da encantadora da mística Ouro Preto.
Igreja São Francisco de Assis, Ouro Preto |
Marília era uma mulher a frente de seu tempo, pois apaixonara-se por um inconfidente na Vila Rica (hoje Ouro Preto) quando a sociedade passava por sérios conflitos protagonizados pela colônia portuguesa e a população colonial, pois, em que pese a abundância de ouro de antes ter começado a se esgotar, Portugal não abria mão dos pesados impostos que cobrava, fazendo com que a dívida dos mineiros para com a Coroa aumentasse consideravelmente. A camada mais alta da sociedade mineira, entre eles homens de posse, sacerdotes, intelectuais e militares, motivados pelos ideais do Iluminismo, iniciaram um levante contra o pagamento dos impostos e com a intenção de tornar Minas Gerais livre de Portugal, a Inconfidência Mineira. Foi nesse clima de crise que o poeta do Arcadismo Thomaz Antonio Gonzaga escreveu os versos que imortalizaram Marília.
Marília de Dirceu na verdade se chamava Maria Dorothea Jaquina Seixas e viveu em Ouro Preto no século XVIII. Era moça de família que muito jovem teve que auxiliar o pai na criação dos irmãos, pois a mãe falecera precocemente após o último parto. Quando jovem, frequentava a casa das tias, cujo vizinho era um juiz chamado Thomaz Antonio Gonzaga, o Dirceu. Após uma intensa troca de olhares, enamoraram-se e, sobre o muro e o chafariz do solar, trocaram juras de amor. A arma de conquista usada por Gonzaga foi a poesia.
Resolveram se casar. Após o noivado, todavia, Gonzaga foi indiciado e preso juntamente com os demais inconfidentes, pois foram delatados por Joaquim Silvério dos Reis. "Dirceu" foi exilado e partiu para a África. Acabou falecendo em 1809 e seus restos mortais estão no Museu da Inconfidência, em Ouro Preto.
Durante o exílio, Gonzaga continuou escrevendo poemas para Marília e encarregou um amigo de os entregar, mas a família da moça jamais permitiu que as cartas chegassem em suas mãos. Ela, por sua vez estava desolada e havia perdido as esperanças de se casar com o seu grande amor, razão pela qual permaneceu reclusa até o fim da vida na fazenda de sua família, cuidando das irmãs e dos sobrinhos. Nunca se casou e viveu até os 85 anos sem nunca mais ter tido notícias do único amor de sua vida, cuja paixão foi eternizada em versos.
Maria Dorothea Joaquina Seixas, como bem pontuou a autora Stael Gontijo, "foi uma personagem gradiosa, que percence à história brasileira - para sempre". Ouro Preto, acreditem, fica mais encantadora quando sabemos de Marília. E de Dirceu.
"Entra nessa grande terra,
Passa uma formosa ponte,
Passa a segunda, a terceira,
Tem um palácio defronte.
Tem o mesmo ao pé da porta
Uma rasgada janela;
É a da sala aonde assiste
A minha Marília bela."
(Marília de Dirceu, Lira 37, 2ª parte)
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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Oscar Niemeyer de Chico. Oscar Niemeyer do Brasil.
"A casa do Oscar era o sonho da família. Havia um terreno para os lados da Iguatemi, havia o anteprojeto, presente do próprio, havia a promessa de que um belo dia iríamos morar na casa do Oscar. Cresci cheio de impaciência porque meu pai, embora fosse dono do Museu do Ipiranga, nunca juntava dinheiro para construir a casa do Oscar.
Mais tarde, em um aperto, em vez de vender o museu com os cacarecos dentro, papai vendeu o terreno da Iguatemi. Desse modo a casa do Oscar, antes de existir, foi demolida. Ou ficou intacta, suspensa no ar, como a casa no beco de Manuel Bandeira.
Senti-me traído, tornei-me um rebelde, insultei meu pai, ergui o braço contra minha mãe e saí batendo a porta da nossa casa velha e normanda: só volto para casa quando for a casa do Oscar!
Igreja da Pampulha, BH |
Pois bem, internaram-me em um ginásio em Cataguases, projeto do Oscar. Vivi seis meses naquele casarão do Oscar, achei pouco, decidi-me a ser Oscar eu mesmo.
Regressei a São Paulo, estudei geometria descritiva, passei no vestibular e fui o pior aluno da classe. Mas ao professor de topografia, que me reprovou no exame oral, respondi calado: lá em casa tenho um canudo com a casa do Oscar.
Depois larguei a arquitetura e virei aprendiz de Tom Jobim. Quando minha música sai boa, penso que parece música do Tom Jobim. Música do Tom, na minha cabeça, é casa do Oscar".
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Mensalão: o julgamento do STF pode não valer
(Artigo publicado originalmente no Diário de São Paulo)
LUIZ FLÁVIO GOMES*
Muitos brasileiros estão acompanhando e aguardando o final do julgamento do mensalão. Alguns com grande expectativa enquanto outros, como é o caso dos réus e advogados, com enorme ansiedade. Apesar da relevância ética, moral, cultural e política, essa decisão do STF – sem precedentes – vai ser revisada pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, com eventual chance de prescrição de todos os crimes, em razão de, pelo menos, dois vícios procedimentais seríssimos que a poderão invalidar fulminantemente.
O julgamento do STF, ao ratificar com veemência vários valores republicanos de primeira linhagem – independência judicial, reprovação da corrupção, moralidade pública, desonestidade dos partidos políticos, retidão ética dos agentes públicos, financiamento ilícito de campanhas eleitorais etc. -, já conta com valor histórico suficiente para se dizer insuperável. Do ponto de vista procedimental e do respeito às regras do Estado de Direito, no entanto, o provincianismo e o autoritarismo do direito latino-americano, incluindo, especialmente, o do Brasil, apresentam-se como deploráveis.
No caso Las Palmeras a Corte Interamericana mandou processar novamente um determinado réu (na Colômbia) porque o juiz do processo era o mesmo que o tinha investigado anteriormente. Uma mesma pessoa não pode ocupar esses dois polos, ou seja, não pode ser investigador e julgador no mesmo processo. O Regimento Interno do STF, no entanto (art. 230), distanciando-se do padrão civilizatório já conquistado pela jurisprudência internacional, determina exatamente isso. Joaquim Barbosa, no caso mensalão, presidiu a fase investigativa e, agora, embora psicologicamente comprometido com aquela etapa, está participando do julgamento. Aqui reside o primeiro vício procedimental que poderá dar ensejo a um novo julgamento a ser determinado pela Corte Interamericana.
Há, entretanto, um outro sério vício procedimental: é o que diz respeito ao chamado duplo grau de jurisdição, ou seja, todo réu condenado no âmbito criminal tem direito, por força da Convenção Americana de Direitos Humanos (art. 8, 2, h), de ser julgado em relação aos fatos e às provas duas vezes. O entendimento era de que, quem é julgado diretamente pela máxima Corte do País, em razão do foro privilegiado, não teria esse direito. O ex-ministro Márcio Thomaz Bastos levantou a controvérsia e pediu o desmembramento do processo logo no princípio da primeira sessão, tendo o STF refutado seu pedido por 9 votos a 2.
O Min. Celso de Mello, honrando-nos com a citação de um trecho do nosso livro, atualizado em meados de 2009, sublinhou que a jurisprudência da Corte Interamericana excepciona o direito ao duplo grau no caso de competência originária da corte máxima. Com base nesse entendimento, eu mesmo cheguei a afirmar que a chance de sucesso da defesa, neste ponto, junto ao sistema interamericano, era praticamente nula.
Hoje, depois da leitura de um artigo (de Ramon dos Santos) e de estudar atentamente o caso Barreto Leiva contra Venezuela, julgado bem no final de 2009 e publicado em 2010, minha convicção é totalmente oposta. Estou seguro de que o julgamento do mensalão, caso não seja anulado em razão do primeiro vício acima apontado (violação da garantia da imparcialidade), vai ser revisado para se conferir o duplo grau de jurisdição para todos os réus, incluindo-se os que gozam de foro especial por prerrogativa de função.
No Tribunal Europeu de Direitos Humanos é tranquilo o entendimento de que o julgamento pela Corte Máxima do país não conta com duplo grau de jurisdição. Mas ocorre que o Brasil, desde 1998, está sujeito à jurisprudência da Corte Interamericana, que sedimentou posicionamento contrário (no final de 2009). Não se fez, ademais, nenhuma reserva em relação a esse ponto. Logo, nosso País tem o dever de cumprir o que está estatuído no art. 8, 2, h, da Convenção Americana (Pacta sunt servanda).
A Corte Interamericana (no caso Barreto Leiva) declarou que a Venezuela violou o seu direito reconhecido no citado dispositivo internacional, “posto que a condenação proveio de um tribunal que conheceu o caso em única instância e o sentenciado não dispôs, em consequência [da conexão], da possibilidade de impugnar a sentença condenatória.” A coincidência desse caso com a situação de 35 réus do mensalão é total, visto que todos eles perderam o duplo grau de jurisdição em razão da conexão.
Mas melhor que interpretar é reproduzir o que disse a Corte: “Cabe observar, por outro lado, que o senhor Barreto Leiva poderia ter impugnado a sentença condenatória emitida pelo julgador que tinha conhecido de sua causa se não houvesse operado a conexão que levou a acusação de várias pessoas no mesmo tribunal. Neste caso a aplicação da regra de conexão traz consigo a inadmissível consequência de privar o sentenciado do recurso a que alude o artigo 8.2.h da Convenção.”
A decisão da Corte foi mais longe: inclusive os réus com foro especial contam com o direito ao duplo grau; por isso é que mandou a Venezuela adequar seu direito interno à jurisprudência internacional: “Sem prejuízo do anterior e tendo em conta as violações declaradas na presente sentença, o Tribunal entende oportuno ordenar ao Estado que, dentro de um prazo razoável, proceda a adequação de seu ordenamento jurídico interno, de tal forma que garanta o direito a recorrer das sentenças condenatórias, conforme artigo 8.2.h da Convenção, a toda pessoa julgada por um ilícito penal, inclusive aquelas que gozem de foro especial.”
Há um outro argumento forte favorável à tese do duplo grau de jurisdição: o caso mensalão conta, no total, com 118 réus, sendo que 35 estão sendo julgados pelo STF e outros 80 respondem a processos em várias comarcas e juízos do país (O Globo de 15.09.12). Todos esses 80 réus contarão com o direito ao duplo grau de jurisdição, que foi negado pelo STF para outros réus. Situações idênticas tratadas de forma absolutamente desigual.
Indaga-se: o que a Corte garante aos réus condenados sem o devido respeito ao direito ao duplo grau de jurisdição, tal como no caso mensalão? A possibilidade de serem julgados novamente, em respeito à regra contida na Convenção Americana, fazendo-se as devidas adequações e acomodações no direito interno. Com isso se desfaz a coisa julgada e pode eventualmente ocorrer a prescrição.
Diante dos precedentes que acabam de ser citados parece muito evidente que os advogados poderão tentar, junto à Comissão Interamericana, a obtenção de uma inusitada medida cautelar para suspensão da execução imediata das penas privativas de liberdade, até que seja respeitado o direito ao duplo grau. Se isso inovadoramente viesse a ocorrer – não temos notícia de nenhum precedente nesse sentido -, eles aguardariam o duplo grau em liberdade. Conclusão: por vícios procedimentais decorrentes da baixíssima adequação da eventualmente autoritária jurisprudência brasileira à jurisprudência internacional, a mais histórica de todas as decisões criminais do STF pode ter seu brilho ético, moral, político e cultural nebulosamente ofuscado.
LUIZ FLÁVIO GOMES, 54, doutor em direito penal, fundou a rede de ensino LFG. Foi promotor de justiça (de 1980 a 1983), juiz (1983 a 1998) e advogado (1999 a 2001). Siga-me: www.professorlfg.com.br
domingo, 23 de setembro de 2012
Saudade
Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos. Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido. Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre. Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar quem sabe... Podemos nos telefonar, conversar algumas bobagens... Aí os dias vão passar, meses... anos... até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo... Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas? Diremos... Que eram nossos amigos. E... isso vai doer tanto! Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida! A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto... nos reuniremos para um último adeus de um amigo. E entre lágrima nos abraçaremos. Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado. E nos perderemos no tempo... Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades seja a causa de grandes tempestades... Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
Enviado por e-mail pelo meu querido Fábio Giorgis. O autor desconheço.
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Alguma coisa acontece no meu coração...
Quem é que já planejou uma viagem de turismo a São Paulo? Eu não conheço ninguém que tenha feito isso, embora muita gente vá até lá, já que a cidade é ponto de negócios.
Eu precisei ir a São Paulo em julho, o compromisso surgiu meio em cima da hora. Deu um frio na barriga na pessoa aqui que se criou no interior, mas a vontade de explorar a maior cidade da América Latina superou o medo.
Decidi ficar na Vila Madalena. O bairro é conhecido como o reduto de artistas, intelectuais e boêmios. Como eu queria curtir a cidade, hospedei-me no Hostel Alice, que é barato e faz com que sobre dinheiro para fazer mais programas culturais e gastronômicos.
Exposição Jorge Amado |
Não poderia deixar de visitar a Pinacoteca, ainda na Estação da Luz. Me perdi em meio às obras de arte, que vão de artistas do interior do estado de São Paulo a Rodin.
Pinacoteca |
Reservei uma manhã inteirinha para passear pela Vila Madalena. Se tem um horário que justifica o nome da vila é pela manhã: senhoras arrastam carrinho de feira, casais fazem caminhadas matinais e padarias servem café da manhã. O meu desjejum foi no N'o Café, onde conheci uma paulistana simpática que me contou sobre os altos preços dos imóveis no bairro. Acreditem: o metro quadrado de um apartamento novo custa em torno de R$11.000,00! Após o maravilhoso café, passei horas na Livraria da Vila, que fica perto da feira livre. Encontrei uma diversidade incrível de livros de arte e CDs raros. Comprei dois livros em francês.
Roda de Samba no "Ó do Borogodó" |
Também fiz um lanchinho gostoso na "Deli Paris" e me perdi pela Livraria Cultura. Isso sem falar na caminhada pela Avenida Paulista e nos paulistanos, que são gentis e prestativos.
Juro, sempre pensei que odiaria São Paulo e sua loucura diária, mas foi uma ótima experiência. Conheci pessoas e lugares bacanas que jamais vou esquecer. Não sei se conseguiria morar naquele caos - que me é tão atrativo -, mas uma coisa é certa: em Sampa alguma coisa acontece no meu coração...
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