sexta-feira, 13 de abril de 2012

Música nativista e casamento


Outro dia vi no Facebook uma campanha a favor da música nativista em eventos. Como boa gaúcha de Soledade, criada em CTG e apreciadora das coisas do nosso Rio Grande do Sul, achei sensacional e imediatamente aderi à causa. No último sábado, fui ao casamento de amigos muito especiais, cuja presença é marcante em minha trajetória. A cerimônia foi em Pelotas, na Charqueada Boa Vista. De dia e ao ar livre, tudo a ver com os iluminados Márcia Só e Paul.
Enquanto aguardávamos a chegada da noiva naquele dia ensolarado, as crianças corriam pelo gramado à beira do Arroio Pelotas, em meio à natureza exuberante. Parecia cena de filme, digna de uma pintura! Quando avistamos a noiva, de barco, lá longe, nos emocionamos. Confesso que conter as lágrimas insistentes quando vi minha amiga – linda, no dia mais feliz de sua vida – foi difícil. Nesse momento os músicos começaram a tocar uma canção para mim até então desconhecida, mas o ritmo eu conhecia muito bem: música nativista instrumental. Logo me veio à cabeça Renato Borghetti e o disco que vinil que muito ouvi com a minha avó na infância. Meu coração disparou e uma lágrima teimosa insistiu em cair. Depois da primeira, mais duas canções encantadoras foram entoadas pelos instrumentistas.
Tratei de descobrir com a noiva quais as músicas que embalaram a sua entrada, que – felizmente – fugiu da convencional “Marcha Nupcial”. Ela me contou que se tratava de “Dois Caminhos”, do músico, compositor, produtor e arranjador Aluisio Rockembach , que inclusive estava entre os músicos do casório. Ele é integrante do grupo que acompanha o consagrado Luiz Marenco.
Quem foi que disse que não dá para sair do convencional com coisas belas? Com certeza é possível fugir do comum, ousar e encantar com música nativista. Não deixe de ouvir! É provável que você queira que essa canção também faça parte de um grande momento da sua vida…

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