Mostrando postagens com marcador Eduardo Galeano. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Eduardo Galeano. Mostrar todas as postagens

domingo, 6 de novembro de 2011

O Mundo (Eduardo Galeano)

Um homem da aldeia de Neguá, no litoral da Colômbia, conseguiu subir aos céus.

Quando voltou, contou. Disse que tinha contemplado, lá do alto, a vida humana. E disse que somos um mar de fogueirinhas.


— O mundo é isso — revelou — Um montão de gente, um mar de fogueirinhas.


Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não existem duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e fogueiras pequenas e fogueiras de todas as cores. Existe gente de fogo sereno, que nem percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de chispas. Alguns fogos, fogos bobos, não alumiam nem queimam; mas outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar, e quem chegar perto pega fogo.

sábado, 5 de novembro de 2011

Quem gosta de ler não padece de tédio


Kansas City Public Library
A leitura traz conhecimento, nos faz viajar, ensina, emociona e mais uma infinidade de coisas bacanas que só quem lê sabe bem. E a mais pura verdade dentre tantos benefícios: quem gosta de ler não fica entediado.

Hoje, após o término antes do horário previsto de mais uma aula interessantíssima sobre Direito Notarial (sim, eu ando fazendo atualizações aos finais de semana), me peguei pensando:


- O que vou fazer?


Claro que esse pensamento só durou uns 10 segundos, já que, como a própria versão da ansiedade que sou, descobriria na hora:


- Vou àquela livraria que tem uma cafeteria maravilhosa!


Não poderia ter sido escolha melhor: cheiro de livro e café! Quer melhor que isso para um final de tarde de sábado solitário em uma selva de pedra?


Bom, o plano era comprar um livro para a minha pequena Maria Luiza, de 5 anos, que adora piratas e está aprendendo a ler. Que dificuldade! Fiquei perdida em meio a tantas opções coloridas e divertidas. Confesso que até a seção infantil me seduz. E muito!


Certo. Missão cumprida. Lá estava eu com um livro de piratas que ensina a contar e um livro de princesas que ensina a ler. Porém, antes de chagar ao caixa para pagar logo e desfrutar de um delicioso café cheiroso e quentinho, pensei:


- E para mim... nada???


O sentimento foi de uma criança desapontada a espera de um presente que não chegou.


- Ah! mas um livro só não vai doer!


Então fui correndo à prateleira e agarrei com as duas mãos a leitura por mim mais desejada no momento: “Guia Politicamante Incorreto da América Latina”, de Leandro Narloch e Duda Teixeira (prometo informá-los por aqui sobre o teor deste livro, mas somente depois que ler “Veias Abertas da América Latina”, de Eduardo Galeano, para que eu possa ter uma visão ampla). E lá veio a vendedora sorridente me abordar:


- Só isso?


- Só... deixa eu dar uma olhadinha nas novidades...


Imaginem se não! E ela, ainda sorrindo, questionou:


- Tu gostas de romance? Romance com suspense?


Quase que eu disse:


- Olha, se tu me trouxeres aqui uma bula de remédio, eu leio!


Mas me contive da brincadeirinha fora de hora e respondi:


- Claro! O que tu tens nesse sentido?


E não é que a guria puxa da prateleira um livro lindo, com um laço azul, mais ou menos como um diário de adolescente, sabe? (eu tive!) Um charme!



O tal livro bonito é “A Vidente”, de Hanna Howell. Parece que encontrei um remédio poderoso para evitar o tédio nesse final de semana solitário. Depois que acabar mais essa aventura literária, passarei minhas impressões a vocês. Já desfiz o laço...

Sobre Utopia...

"A utopia serve para nos fazer caminhar." Com estas palavras, Eduardo Galeano inicia uma bela entrevista, com passagens que denotam esperança e, quiçá, a possibilidade de alcançarmos a utopia... com as mãos. Achado da esperta Sheila Silveira, lá no Lugar Comum.

"Se não nos deixares sonhar, não lhes deixaremos dormir."