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Kansas City Public Library |
Hoje, após o término antes do horário previsto de mais uma
aula interessantíssima sobre Direito Notarial (sim, eu ando fazendo
atualizações aos finais de semana), me peguei pensando:
- O que vou fazer?
Claro que esse pensamento só durou uns 10 segundos, já que, como a própria versão da ansiedade que sou, descobriria na hora:
- Vou àquela livraria que tem uma cafeteria maravilhosa!
Não poderia ter sido escolha melhor: cheiro de livro e café! Quer melhor que isso para um final de tarde de sábado solitário em uma selva de pedra?
Bom, o plano era comprar um livro para a minha pequena Maria Luiza, de 5 anos, que adora piratas e está aprendendo a ler. Que dificuldade! Fiquei perdida em meio a tantas opções coloridas e divertidas. Confesso que até a seção infantil me seduz. E muito!
Certo. Missão cumprida. Lá estava eu com um livro de piratas que ensina a contar e um livro de princesas que ensina a ler. Porém, antes de chagar ao caixa para pagar logo e desfrutar de um delicioso café cheiroso e quentinho, pensei:
- E para mim... nada???
O sentimento foi de uma criança desapontada a espera de um presente que não chegou.
- Ah! mas um livro só não vai doer!
Então fui correndo à prateleira e agarrei com as duas mãos a leitura por mim mais desejada no momento: “Guia Politicamante Incorreto da América Latina”, de Leandro Narloch e Duda Teixeira (prometo informá-los por aqui sobre o teor deste livro, mas somente depois que ler “Veias Abertas da América Latina”, de Eduardo Galeano, para que eu possa ter uma visão ampla). E lá veio a vendedora sorridente me abordar:
- Só isso?
- Só... deixa eu dar uma olhadinha nas novidades...
Imaginem se não! E ela, ainda sorrindo, questionou:
- Tu gostas de romance? Romance com suspense?
Quase que eu disse:
- Olha, se tu me trouxeres aqui uma bula de remédio, eu leio!
Mas me contive da brincadeirinha fora de hora e respondi:
- Claro! O que tu tens nesse sentido?
E não é que a guria puxa da prateleira um livro lindo, com um laço azul, mais ou menos como um diário de adolescente, sabe? (eu tive!) Um charme!
O tal livro bonito é “A Vidente”, de Hanna Howell. Parece que encontrei um remédio poderoso para evitar o tédio nesse final de semana solitário. Depois que acabar mais essa aventura literária, passarei minhas impressões a vocês. Já desfiz o laço...