Continuo minha incursão por Minas Gerais. Fui parar em São João Del Rei. O plano era fazer Ouro Preto e Mariana primeiramente, mas, devido às enchentes e deslizamentos, essas cidades ficaram para a próxima viagem. Alugamos um carro para fazer com calma e tranquilidade todo o roteiro planejado. Estávamos ansiosas pelas cidades históricas.
Em São João Del Rei, a primeira coisa que fizemos foi acompanhar uma festa popular, a Folia de Reis. Começamos a seguir o povo na praça central, onde conversamos com os participantes do grupo e obtivemos diversas informações sobre pontos turísticos em SJDR e Tiradentes. O papo foi muito produtivo com o Sr. Bastião, que participa a vida toda do grupo e honra com fé o compromisso de louvar aos Três Reis Magos, todo ano.
São João Del Rei é uma cidade bonita e alegre. Lá, caminhamos a pé pelas ruas e já nos sentíamos nativas, tamanha a facilidade de encontrar os pontos turísticos e interagir com a população. A chuva torrencial, que acontece em todo o estado de Minas Gerais, não nos impediu de visitar o Memorial Tancredo Neves e oPresépio da Muxinga, criado com perfeição pelos irmãos Teixeira D’Assunção em 1929. Há também muitos bares badalados e movimentados na cidade, mas o atendimento é excepcional no Armazém. No almoço nos esbaldamos com a comida mineira bem feita lá do Villeiros. Não dá para deixar de provar a feijoada e o escondidinho de carne seca.
É complicado movimentar-se de carro na cidade, já que as ruas são cobertas por pedras (as mesmas desde o século 18). Por esta razão, alugamos uma charrete, que nos levou para os principais pontos turísticos da cidade. É uma experiência muito divertida – ah, as feiras de artesanato local em Tiradentes são um atrativo a mais. Há várias lojas distribuídas ao redor do Largo das Forras.
O almoço foi no delicioso e estrelado Pau de Angu, na estrada para Bichinho. O caminho é íngreme, mas o Mineirinho servido lá compensa o tempo que demora a chegar. O ambiente é uma gostosura, com ares de interior.
Na volta para Belo Horizonte, demos uma passada em Congonhas. Chovia absurdamente, mas isso não nos impediu de realizar a visita à Igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, construída no período Barroco, em estilo Rococó. Lá há uma grande quantidade de obras de Aleijadinho. Impressionante, saliento, pois elas foram feitas quando o escultor já estava acometido da doença que prejudicou suas mãos e dificultava o trabalho. Fomos informados pelos habitantes locais que Aleijadinho viveu próximo de onde é a igreja. A população de Congonhas enaltece a genialidade do escultor.
Inhotim (Divulgação) |
Para finalizar os maravilhosos sete dias em Minas Gerais fomos até Inhotim, o centro de arte contemporânea localizado em Brumadinho, que é perto de Belo Horizonte. É bom reservar pelo
É fato: Minas Gerais, quem te conhece, não esquece jamais. Um agradecimento especial aos mineiros que nos receberam com muita simpatia e carinho. E um aviso: voltaremos!menos um dia para o passeio, pois há muita coisa para ver. Atualmente, as obras imperdíveis são as de Miguel Rio Branco (exposição fotográfica), Doug Aitken (O Som da Terra) e Jarbas Lopes (os fuscas encravados no gramado!). As obras de arte estão expostas a céu aberto em meio a um jardim botânico deslumbrante.
O que é imperdível no interior de Minas Gerais:
- Memorial Tancredo Neves (São João Del Rei)
- Igreja Santo Antonio (Tiradentes)
- Igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos (Congonhas)
- Inhotim (Brumadinho)
Bares e restaurantes:
- Villeiros (São João Del Rei)
- Pau de Angu (Tiradentes)
- Armazém (São João Del Rei)
- O Legítimo Rocambole (São João Del Rei)
Publicado originalmente em http://www.portocultura.com.br/2012/mineiradas/
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